sábado, 22 de outubro de 2011

Ex-prefeito Randson pagou quase R$ 700 por uma panela de pressão A Polícia Federal também está investigando as transações entre o ex-prefeito e postos de combustíveis do município. Da Redação da Agência ContilNet

A situação do prefeito afastado de Marechal Thaumaturgo, Randson Almeida (PMDB) poderá ficar ainda mais complicada. Na semana passada, a Polícia Federal esteve na prefeitura do município e levou todos os computadores e arquivos impressos da gestão do ex-prefeito, que teve pedido de retorno ao cargo indeferido pela Justiça nesta quarta-feira (19).

Em poder dos investigadores já estão centenas de documentos que comprovam as irregularidades na prefeitura de Marechal Thaumaturgo. O ex-prefeito não terá como explicar, por exemplo, por que pagou no ano de 2009 uma quantia de R$ 638,00 por uma panela de pressão de 20 litros.

Na época, Randson ‘comprou’ 40 panelas de pressão, que nunca foram entregues nas escolas do município. “Os desmandos com om dinheiro público são muitos, até mesmo o salário de servidores de algumas secretarias estão comprometidos”, diz Maurício Praxedes, novo prefeito de Thaumaturgo.

Maioria dos pedidos de despacho de gasolina estão com o o valor diferente do que acertado na licitação
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Maurício explica que as escolas, que deveriam está equipadas com vários utensílios, não possuem nenhuma colher adquirida pelo município no ano de 2009, muito menos panela de pressão de 20 litros que custasse 638,00.

Ele diz que Randson Almeida gastou com transporte escolar, em dois meses, 141 mil litros de gasolina, 93 mil litros de óleo diesel e 5.477 litros de óleo lubrificantes. “O ano letivo iniciou em 18 de abril de 2011, e no dia 7 de junho já haviam consumido essa quantia absurda de combustível com transporte escolar”, denuncia.

O novo prefeito diz que a realidade da comunidade da zona rural é bem diferente. “Na maior parte do ano letivo, os alunos ribeirinhos precisavam caminhar horas pelas barrancas dos rios Tejo, Juruá, São João e igarapés, enfrentando animais peçonhentos e outros perigos porque a prefeitura não oferecia combustível para abastecer os barcos”, revela.

A Polícia Federal também está investigando as transações entre o ex-prefeito e postos de combustíveis do município, que ganharam licitações para vender a gasolina ao preço de R$ 3,80, mas receberam quarenta centavos a mais por cada litro na hora de faturar a nota fiscal.

Randson Almeida terá que explicar ainda os motivos de não ter transmitido o cargo de prefeito ao seu vice todas as vezes em que esteve fora do município. “Ele me mandou uma ata de transmissão de posse para eu assinar, onde consta suas viagens nos anos de 2009 a 2011, mas eu não assinei porque nunca assumi o cargo”, conta.

Maurício diz lamentar a maneira como terminou a parceria entre ele e Randson Almeida. “Quando ganhamos a eleição, eu estava certo de que iria terminar o mandato no cargo para o qual fui eleito, e que junto com o prefeito iríamos fazer um trabalho que melhorasse a qualidade de vida da população do nosso município. Mas foi tudo diferente do que pensei. Eu acreditava que iria terminar o mandato junto com ele”, destaca.

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