quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Unidades leiteiras construídas em Porto Acre estão abandonadas A ponte do igarapé João Paulo está quebrada há quatro anos e nunca foi construído outro acesso.

Os minis galpões construídos pelo Governo do Estado, em 2009, na zona rural do município de Porto Acre estão abandonados. Nunca serviram para produzir nada. A denúncia é do presidente da Associação de Produtores Rurais União do Açaí, no ramal Linha 5, Samuel Coelho Pereira.

As unidades mistas em alvenaria e madeira, de tamanho 4x4 foram construídas na administração do governador Binho Marques, pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre.

Cada uma custou R$ 14.747,55. O valor pode ser considerado um absurdo pelo tamanho de cada unidade. O dinheiro é oriundo do Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
No galpão do ramal do Açaí, por exemplo, desde que a estrutura foi erguida a energia nunca foi ligada, os fios cortados do poste provam isso, e até hoje os associados do local, cerca de vinte produtores de leite, esperam por um tanque prometido há dois anos, sendo que os produtores não sabem se o tanque realmente existe.

O desperdício com o dinheiro público é evidenciado pelo abandono. A parte de madeira está apodrecendo e o pequeno galpão tomado pelo mato.

O presidente da Associação dos Produtores Rurais União do Açaí, Samuel Pereira, não entende porque os tanques não foram entregues e a energia nunca foi instalada.
Outro questionamento feito pelo produtor é quanto a uma promessa não cumprida até hoje, feita ha dois anos, de que cada produtor iria receber para incentivo da produção leiteira no local, cinco metros de areia, vinte e cinco sacas de cimento, noventa telhas e dois mil tijolos, para construção de galpões em suas propriedades.

A campanha de incentivo a produção feita pelo governo teve até colhimento de assinaturas dos produtores. “Todo mundo assinou”, diz o presidente, reclamando que os produtores “nunca viram nem a cor do material”.

Por dia são produzidos pelos produtores da região dois mil litros de leite. Todo produto é comercializado com uma indústria local.
Ponte quebrada há quatro anos e ramal intrafegável são problemas para os produtores
Além de ter que conviver com as promessas não cumpridas pelo poder público, os produtores enfrentam ainda o problema da dificuldade de acesso para escoar sua produção.

A ponte do igarapé João Paulo está quebrada há quatro anos e nunca foi construído outro acesso. Um desvio foi feito. Entretanto, quando chove o igarapé transborda e o ramal local fica intrafegável.










A falta de uma ponte prejudica não só os produtores, mas os estudantes de uma escola da região que são transportados diariamente por um ônibus escolar. “Se chover, ninguém passa”, diz o presidente da Associação.

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