domingo, 29 de janeiro de 2012

Família compra gasolina para ambulância transportar parente

A família da estudante Meiriane Nascimento Oliveira, de 24 anos, não sabe o que é mais humilhante. Ver a jovem morrendo em uma cadeira de rodas por causa de uma série de problemas de saúde, ou ter que comprar gasolina para abastecer a ambulância que a transporta do município de Porto Acre para o Hospital das Clínicas, em Rio Branco.
Meiriane é obesa (pesas 140 kg), e sofre com problemas cardíacos, cisto e pneumonia. Desde de 2009 ela é atendida no Hospital das Clínicas para onde se locomove de Porto Acre (60 km de Rio Branco) toda vez que precisa vir ao médico. Mas para que ele chegue ao hospital a família precisa comprar combustível para abastecer a ambulância do posto de saúde da Vila do V, sob a responsabilidade da prefeitura de Porto Acre.
“Segunda feira a gente colocou vinte reais de gasolina e o motorista da ambulância completou com mais dez reais. Se a gente não colocar o combustível o carro não trás ela pra Rio Branco”, denunciou a Irma da paciente, Marly do Nascimento Oliveira, que acompanha Meiriane no tratamento.
Segundo Marly, nem o município, nem o estado disponibilizaram acompanhamento por meio do serviço social, setor da saúde responsável pelos pacientes que fazem tratamento fora do domicílio.  Marly disse temer pela sequência do tratamento da Irma, já que segundo ela, a família não possui mais condições financeiras de “bancar”o combustível para o carro da prefeitura.
“Desse jeito a gente vai desistir. Dói saber que minha Irma pode morrer se parar de vir ao hospital, mas nós não temos mais de onde tirar dinheiro”, disse ela chorando.
Nesta sexta-feira, Meiriane e a Irma estiveram novamente no HC graças a solidariedade de um vizinho que deu uma carona.

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