quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

“Michel Temer, do PMDB de Flaviano Melo, foi quem vetou fuso horário”, diz líder de Tião



O deputado Moisés Diniz (PCdoB) informou que o veto da volta do antigo fuso horário do Acre teve a sua publicação assinada pelo vice-presidente Michel Temer, no exercício da Presidência da República.

“Michel Temer é do PMDB, mesmo partido do deputado federal Flaviano Melo, autor do projeto de lei que aprovou o refendo. Nessa cumbuca tem abelha”, observou o parlamentar.

O deputado estranha o fato de a publicação do veto ter sido assinada na ausência da presidente Dilma, que na terça-feira estava em viagem oficial ao Uruguai. “Por que o peemedebista não aguardou o retorno da presidente, porque sem publicação o veto é letra morta”, questionou.

Moisés afirmou que, desde o começo, alertou para o erro sobre os procedimentos de retornar ao antigo fuso horário do Acre.

“O referendo no Acre não podia decidir pela vida de amazonenses e paraenses. A consulta deveria ter sido realizada nos três estados. Os autores do referendo enganaram os acreanos. Agora temos que corrigir”, alerta Moisés.

O parlamentar defende que seja realizado um plebiscito nos três estados, conduzido pela bancada federal acreana, que deve negociar a nova lei com os dois estados amazônicos.

“Quando a lei alterou o fuso do Acre, alguns políticos da oposição passaram a politizar o assunto, virou bandeira de campanha. O referendo ocorreu no meio da guerra política do segundo turno, um erro sem tamanho”, lembrou Moisés.

Para o deputado, setores da oposição navegaram na mudança do fuso horário, aproveitando o fraco desempenho da Frente Popular, especialmente da candidata Dilma Roussef, que teve o seu campo político dividido, com a candidatura de Marina Silva.

“Eles não perdoaram, agiram com certa brutalidade, criaram factoides, como ‘horário de Deus’ e outras indecências. Nossa militância não reagiu e os políticos da FPA ficaram amedrontados, quase que acovardados”, lamenta o líder.

De acordo com o deputado, chegou a hora de enfrentar esse assunto abertamente, porque, segundo ele, não pode ficar só um lado falando.

“Nós devemos respeitar a decisão do povo, mas a população precisa saber que os seus líderes conduziram o processo de forma errada e que precisa ser corrigido”, conclui.

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