- As dificuldades em encontrar um candidato para a sucessão de Raimundo Angelim (PT) aliadas às tentativas de grito de independência de partidos como PCdoB e PV são frutos do enfraquecimento da hegemonia da Frente Popular do Acre (FPA). Esta é a leitura feita pelo cientista político da Universidade Federal do Acre (Ufac) Nilson Euclides.
- De olho nesta queda de influência, completa ele, a oposição tem este como o melhor momento para desbancar o PT do poder. Por conta disso, líderes oposicionistas engalfinham-se para chegar à Prefeitura de Rio Branco. “Como a oposição não tem um projeto concreto não existe consenso em torno de uma candidatura única” diz ele.
- Para Euclides, as chances de vitória da oposição seriam maiores caso houvesse candidatura única. Quanto à liderança de Tião Bocalom (PSDB), o cientista político afirma que ela será mantida a depender do comportamento do próprio tucano durante o processo eleitoral.
- “A eleição pode ser faturada no primeiro turno a depender do comportamento de Bocalom.” Sobre a atitude dúbia do PP, que deixou a FPA com a promessa de independência mas hoje caminha para os braços do PSDB, o analista afirma ser reflexo do sistema político brasileiro.
- “Os partidos [no Brasil] são conduzidos por vontades pessoais e o PP é um exemplo disso”, ressalta. O PT acreano é outro exemplo. “As pessoas que estão à frente do partido não têm autoridade política para conduzir o processo [de definição das candidaturas].”
- A declaração é uma referência ao presidente do PT, Leonardo Brito, onde em entrevistas dá as mesmas respostas, com conteúdo vago. Quanto ao discurso petista em defender o nome de Marcus Alexandre por ser um técnico, Euclides crê que esta opção não é a melhor para a democracia.
- “A idéia de que um técnico deve conduzir o processo [de campanha] é equivocada. Do ponto de vista da democracia é bom que o político faça este trabalho”, pondera.
- Nilson Euclides é o convidado desta noite do Gazeta Entrevista
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
‘Rachaduras’ na Frente Popular são fruto de enfraquecimento, diz cientista
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