Com a intensificação da campanha
eleitoral, aumenta, principalmente no centro da cidade, a presença de
jovens dançando, entregando panfletos e fazendo o famoso bandeiraço. Só
que por trás dessa festa, pode haver um crime.
Os
rostos indicam que esses jovens podem ser menores de idade. O Estatuto
da Criança e do Adolescente proíbe o trabalho degradante. Os candidatos
sabem, e mesmo assim, contratam essa mão de obra barata.
A
procuradora do Ministério Público do Trabalho, Mariele Cardoso, mostrou
que os partidos sabem que não podem contratar crianças e adolescentes
para trabalhar na campanha. Em 2008, um acordo foi firmado entre o MPT e
os partidos.
O Parquet vai notificar
os partidos para que não descumpram o acordo e evitem uma punição. A
multa por cada menor flagrado trabalhando é de R$ 8 mil.
Segundo a procuradora, os jovens são contratados como cabos eleitorais e até fiscais de urna.
“Não vamos tolerar o trabalho de menores de 18 anos nas ruas segurando bandeiras e entregando santinhos”, alertou.
São
tantos jovens nas ruas que os técnicos do MPT precisam apenas de
máquinas fotográficas e caderno de anotação na mão, para completarem o
flagrante.
Os procuradores prometem
ainda investigar as condições de trabalho dos cabos eleitorais adultos.
Para ficarem na rua, eles devem ter as condições de trabalho como água e
protetor solar.
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