quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sem controle, medicamentos vão para o lixão em Brasileia

Sem controle. Uma lista com 62 medicamentos com prazos de validades vencidas foi jogada no lixão de Brasiléia pela Vigilância Sanitária. A diretora do Hospital Raimundo Chaar, Leonice Maria, disse que herdou o pepino de administração passada. Conselho de Saúde não tinha conhecimento do fato.
A lista contém medicamentos para o tratamento de Dengue [Diclofenaco] e Enalapril, para hipertensos. De complexidade mais alta, foi jogado no lixo, Morfina de 10 mg, que segundo especialista procurado pelo ac24horas, é remédio utilizado no tratamento de pacientes com câncer. Na rede comercial, esse medicamento é vendido a R$ 400,00 a dose com 10 mg. 75 caixas de ampicilinas também estavam no lote, assim como 49 caixas de diazepam. 
Ontem pela manhã [01/06], ao chegar ao lixão municipal, localizado às margens da BR 317, rumo ao pacífico, o lote já havia sido soterrado. Conselheiros da saúde informaram a nossa reportagem que não tinham conhecimento dos fatos. O Pastor William Cruz, um dos membros do conselho, informou que após receber documentação que comprova o fato, vai solicitar uma reunião extraordinária para exigir explicações da direção do hospital.
Mas nem precisa documento. A diretora do Hospital Raimundo Chaar, Leonice Maria, relatou o encaminhamento do lote para a Vigilância Sanitária. Há dois meses no cargo, Maria disse que tenta organizar a casa.
 - Estou há dois meses no cargo e estamos tomando ciência dos principais problemas enfrentados na instituição - disse a diretora. Ela é formada em pedagogia e esposa do ex-deputado federal Zico Bronzeado. 
E pelo jeito, Leonice Maria vai precisar mesmo organizar o ambiente. O prédio do Hospital está com fungos em sua parte externa e interna. O forro da entrada principal está para cair na cabeça dos pacientes. A diretora disse que já comunicou a precariedade à Secretaria de Saúde do Estado.
Por telefone, o farmacêutico do Hospital, Dr. Luiz Guilherme, que assinou a saída do lote para o lixão, remendou as declarações da diretora, afirmando que isso não é prática na instituição.
- Geralmente fazemos remanejamento desses medicamentos para outros municípios como Xapuri e Assis Brasil – disse o médico.
Pelo visto falta sintonia mesmo entre as administrações do Estado e Município. No Posto de Saúde do ramal 26, na manhã de ontem (01), famílias reclamavam da falta de remédios para dor de barriga. 677 caixas de sais para reidratação foram jogados no lixo.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas, de Brasileia-AC

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